#110 - Contributo para a caracterização da fisioterapia nas Unidades de Internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados

24 October 2021 Gestão de serviços & Saúde Pública
Andreia Carvalho

Introdução e objetivo:

Os fisioterapeutas são um dos grupos profissionais que devem estar incluídos nas equipas das unidades de internamento (UI) das tipologias da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), sendo que esta resposta nem sempre é efetiva (APF, 2010). Este trabalho teve como objetivo contribuir para acaracterização da fisioterapia nas UI da RNCCI - Unidades de Convalescença (UC), Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR), Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM) e Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) - na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), especificamente o número de fisioterapeutas, frequência semanal de tratamentos de fisioterapia e número de horas de fisioterapia, por tipologia (e sua comparação com as recomendações da RNCCI).


Material e Métodos:

Realizou-se um estudo quantitativo exploratório, através de um questionário enviado a 48 entidades da RNCCI ARSLVT, que continha 87 unidades: 11 UC, 29 UMDR, 37 ULDM e 10 UCP.

 

Resultados:

Obtiveram-se respostas de 29 entidades - 52 UI (1381 camas): 6 UC, 17 UMDR, 22 ULDM e 7 UCP, às quais estão alocados 111 fisioterapeutas. A frequência semanal de sessões de fisioterapia variou entre 1 e 7 sessões por semana, sendo de 5x/semana em 50% das UC, 5x/semana em 47% das UMDR, 2x/semana em 46% das ULDM e, em 29% das UCP, igualmente 2x, 3x e 5x/semana. Em média, o número de horas semanais de fisioterapia, por utente, foi de 2h55min±1h19min nas UC, 2h34min±1h56min nas UMDR, 29 min±16min nas ULDM e de 1h34min±1h14min nas UCP.


Conclusões:

Constatou-se que existe heterogeneidade no que diz respeito à frequência semanal de sessões de fisioterapia entre e dentro das diferentes tipologias assim como no número de horas semanais de fisioterapia, por utente, em cada tipologia da RNCCI ARSLVT. As próprias recomendações da RNCCI relativamente a estes parâmetros nem sempre são cumpridas, o que é indicativo da necessidade urgente da redefinição/restruturação das orientações relativamente aos fisioterapeutas nos cuidados continuados, de modo a que estes profissionais possam dar uma resposta adequada e efetiva, comprovada como fundamental nesta área de intervenção.

 

Andreia Carvalho
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa

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