#14 - Severidade e prognóstico no acidente vascular encefálico: revisão scoping

25 October 2021 Fisioterapia em condições neurológicas & Pediatria
Flávia Peixoto·Alexandre Lopes·Augusta Silva

Introdução:

O acidente vascular encefálico (AVE) tem vindo a apresentar uma taxa de incidência estável e um declínio na taxa de mortalidade, o que corresponde a um aumento na prevalência de sobreviventes. O conhecimento das alterações funcionais que podem surgir após o AVE, da severidade e das estratégias para avaliar a disfunção, facilita a construção de um plano de reabilitação, com objetivos para os profissionais de saúde, pacientes e família dentro do potencial de recuperação. A severidade surge, como um conceito abrangente associado à presença de deficiências das estruturas e funções, limitações das atividades e restrições da participação social. Deficiências, limitações e restrições mais severas fazem prever uma recuperação mais difícil e mais prolongada. A determinação do prognóstico em indivíduos com AVE engloba não só o risco de morte a curto prazo, como também a probabilidade de recuperar a função a longo prazo.

 

Objetivo:

Avaliar o panorama da informação existente sobre o nível de severidade e prognóstico em AVE.


Métodos:

A revisão scoping baseou-se na metodologia de Arksey & O’Malley (2005), constituída por seis passos: 1) identificação da questão; 2) identificação da literatura relevante; 3) seleção da literatura; 4) mapeamento dos dados; 5) recolha, sumário e transcrição dos resultados; 6) consultoria (opcional).

 

Resultados:

Foram analisados 47 estudos observacionais.
Noventa e cinco por cento dos autores referem-se à severidade como sendo a quantidade de défices neurológicos apresentados pelos indivíduos após o AVE e avaliam-na através de instrumentos de medida específicos para a avaliação de défices neurológicos.
O prognóstico no AVE surge associado à funcionalidade afetada (89%); probabilidade/índice de mortalidade (54%); e encaminhamento após a alta (15%). O prognóstico pode ser influenciado por fatores pessoais, ambientais e clínicos e por algumas comorbilidades, entre outros.


Conclusão:

Os estudos de severidade e prognóstico em AVE poderão não refletir a condição real do indivíduo e induzir em erro a aplicação destes conceitos na prática clínica, influenciando o prognóstico esperado.

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