#94 - Efeitos do Priming na funcionalidade e na excitabilidade cortical pós-AVC - Revisão sistemática

20 October 2021 Fisioterapia em condições neurológicas & Pediatria
Hugo Santos·Isabel Baleia·Adeline Xavier·Joana Leal·Paulo Almeida

Introdução:

Aproximadamente 90% dos sujeitos com AVC ficam com algum tipo de limitação funcional. Tem surgido recentemente um conjunto de técnicas coadjuvantes no campo da reabilitação motora, o uso do priming. O priming é um processo inconsciente associado à aprendizagem, em que a exposição prévia a um estímulo altera a resposta a outro estímulo subsequente. Quando usado com sucesso em conjunto com outra intervenção terapêutica, o priming pode resultar numa mudança de comportamento que parece coincidir com alterações nas redes neurais.

Objetivos:

Rever e analisar os ensaios clínicos aleatorizados (ECA) que avaliam os efeitos do priming nas limitações motoras e na excitabilidade cortical de sujeitos com AVC.

Metodologia:

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados Pubmed, PEDro e CENTRAL. Apenas ECA cuja intervenção se referiu explicitamente ao uso de terapias priming, que foram realizados em sujeitos que sofreram AVC, foram incluídos.

Resultados:

Após a aplicação dos critérios de elegibilidade, restaram 14 estudos finais. Desses, 4 usaram estimulação magnética transcraniana, 3 usaram estimulação transcraniana por corrente contínua, 2 usaram imagética e observação da ação e 5 usaram priming baseado em movimento, como o principal tipo de priming. O fato de haver heterogeneidade clínica e metodológica nos estudos, corrobora a realização da atual revisão sistemática sem meta-análise.

Discussão:

Dos estudos que avaliaram o efeito do priming na recuperação motora, 10 mostraram que o priming associado à reabilitação teve melhorias significativas e 4 que não houve melhorias significativas entre os grupos.

Conclusão:

As terapias com priming, quando usadas em conjunto com a intervenção terapêutica, parecem potencializar a reabilitação da função motora após o AVC. Estudos futuros devem focar-se na realização de ECA com amostras maiores e padronizar a forma com se aplica cada uma das técnicas de priming.

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