#162 - Impacto da Pandemia (COVID-19) na intervenção da Fisioterapia pediátrica

26 October 2021 Fisioterapia em condições neurológicas & Pediatria
Ana Rita Saramago·Andreia Rocha·Filipa Moita de Deus·Júlia Martins

Introdução:

No âmbito do confinamento devido à COVID-19, fica clara a necessidade em trabalhar a partir de casa e/ou proporcionar ao seu local de trabalho habitual novas mudanças. Assim, investigadores da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro e o Grupo de Interesse de Fisioterapia em Pediatria (GIFIP) da APFisio procuraram perceber quais as principais mudanças que esta nova realidade trouxe para a intervenção em fisioterapia pediátrica e ainda perceber a taxa de adesão à telefisioterapia com respetivas vantagens e desvantagens da sua aplicação.

 

Objetivo:

Analisar o impacto da Covid-19 na prestação de cuidados de Fisioterapia Pediátrica em Portugal


Material e Método:

Através da mailing list da APFisio (1000) e da página de Facebook do GIFIP foi divulgado um questionário online aos fisioterapeutas pediátricos, com apelo ao seu preenchimento. O questionário era constituído por 14 questões relacionadas com o primeiro período de confinamento (entre março e maio de 2020) e manteve-se disponível entre 1 de novembro e 15 de dezembro.


Resultados:

Foram obtidas um total de 46 respostas, nas quais 22 eram de sócios da APFisio. Os colegas exercem funções em Cuidados de Saúde Primários (3), Hospitais (12), IPSS, Associações e Cooperativas (que inclui IPI e CRI) (19), prática privada (27) e Unidades de Cuidados Continuados e Centros de Reabilitação (2). A média de tempo em prática profissional são 14,5 anos e as áreas de intervenção mais expressivas são o neurodesenvolvimento e respiratória. A amostra em questão demonstrou que as alterações dos serviços devido à pandemia ocorreram maioritariamente entre os dia 9 e 20 de março, sendo que apenas 30,4% destes fisioterapeutas continuaram a trabalhar, exclusivamente, no seu local de trabalho habitual. As principais mudanças apresentadas centram-se no aumento da utilização de EPIs e de plataformas digitais para acompanhamento das crianças e respetivas famílias. Mais de metade da amostra aderiu à telefisioterapia, tendo sido referida como principal vantagem da sua utilização o acesso ao serviço de Fisioterapia independentemente da localização geográfica. A desvantagem mais apontada foi a opção de a intervenção à distância não ser apropriada para alguns tipos de utentes. 


Conclusões:

A pandemia fruto da COVID-19 introduziu inúmeras mudanças no contexto de prestação de cuidados de Fisioterapia na população pediátrica, tendo a telefisioterapia sido uma das principais ferramentas de apoio. Tendo em conta as vantagens e desvantagens percebidas pelo questionário realizado e, uma vez que vivemos num mundo cada mais tecnológico, a telefisioterapia pode ser vista como uma ferramenta complementar de grande valor aos serviços de Fisioterapia pediátrica.


Palavras-chave:

Fisioterapia; Pediatria; Covid-19; Telefisioterapia

 

Ana Rita Saramago
CERCI Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Grupo de Interesse de Fisioterapia em Pediatria (APFisio)

Andreia Rocha
Cento Hospitalar Universitário do Porto
Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro

Filipa Moita de Deus
Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central
Grupo de Interesse de Fisioterapia em Pediatria (APFisio)

Júlia Martins
Escola Superior de Saúde do Porto

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