#168 - Velocidade da marcha de pessoas com sequelas de AVC

25 October 2021 Fisioterapia em condições neurológicas & Pediatria
Maria da Lapa Rosado·Filipa de Pona Coutinho Ferreira·Joana Patrícia Resende Machado·Mariana Canôa Gomes·Tiago da Silva Correia·Cátia Manso·Frederico Gallego·Inês Osório·Marta Lory Costa·Tiago Melo·Patrícia Maria Duarte Almeida

Introdução e Objetivos:

A velocidade da marcha em pessoas com AVC é um fator determinante para a autonomia na rua, em particular na travessia de passadeiras. A aquisição desta competência, está dependente da velocidade da marcha e deve fazer parte dos objetivos da intervenção da Fisioterapia. Os objetivos deste estudo são de recolher e analisar os valores da velocidade da marcha em pessoas com sequelas de AVC com marcha autónoma, a realizar Fisioterapia e contribuir para o estudo da validade concorrente entre os testes de 4 e 30 metros (M) de marcha e a criação de valores de referência europeus para essa população.


Material e Métodos:

Estudo transversal descritivo, amostra de 23 pessoas com AVC (52,5% hemisfério esquerdo; 43,5% > 12 meses; 23,1% > 6 meses; 17,3% >3meses e <3 meses; idade média de 65 anos; 65,2% homens e 34,7% mulheres. Estudo metodológico de validade concorrente entre os testes de 4 e 30 M de marcha com recolha de dados em contexto clínico. Foi ainda feita uma correlação da velocidade com os níveis de atividade física (Saltin-Grimby Physical Activity Level Scale) e desempenho físico (Short Physical Performance Battery).

 

Resultados:

A velocidade média da marcha foi de 0,73 m/s (4 M) e de 0,77 m/s (30 M), a um passo confortável. Verificou-se que quanto mais sedentária a pessoa no seu dia-a-dia, menor a velocidade da marcha na prova dos 4 M (p=0,039). 
O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) para o teste dos 4M foi 0,985, que se traduz numa excelente fidedignidade. Verificou-se uma validade concorrente entre a prova dos 4M e 30M de marcha (Z=0,665; p=0,013 com 30M a velocidade confortável e Z=0,745; p=0,003 a velocidade máxima). Consistência interna entre as provas dos 4M e 30M foi boa (Alpha de Cronbach: 0,812).


Conclusões:

A velocidade da marcha desta amostra é inferior à velocidade encontrada em estudos em sujeitos saudáveis. Estes resultados, sugerem limitações na autonomia de mobilidade fora de casa que devem ser exploradas e a inclusão do treino dirigido à mobilidade contextualizada e avaliar no contexto real. Os resultados obtidos indicam ainda que o teste dos 4 M é válido sendo uma mais valia para aplicação em contexto clínico.

 

Palavras-chave:

Funcionalidade; marcha exterior; teste 4 metros; validade

 

Maria da Lapa Rosado
Filipa de Pona Coutinho Ferreira
Joana Patrícia Resende Machado
Mariana Canôa Gomes
Tiago da Silva Correia
Cátia Manso
Frederico Gallego
Inês Osório
Marta Lory Costa
Tiago Melo
Patrícia Maria Duarte Almeida

Escola Superior de Saúde do Alcoitão, Departamento de Fisioterapia

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