#186 - Incapacidade lombar nos administrativos do Grupo CESPU - Fatores de risco
27 October 2021 Fisioterapia em condições músculo-esqueléticas & Desporto
Introdução:
As Lesões Músculo Esqueléticas Relacionadas com o Trabalho têm vindo a aumentar ao longo das últimas décadas, com a implementação de novos modelos de organização do trabalho. A manutenção prolongada na posição sentada, como é o caso dos administrativos, propícia a adoção de posturas inadequadas e sobrecarga nas estruturas do sistema músculo esquelético. Atualmente, estas lesões são o problema de saúde ocupacional mais frequente em Portugal e na Europa, sendo a lombalgia a causa mais comum de incapacidade e é responsável por aproximadamente 1/4 dos casos de invalidez prematura.
Objetivo:
Caraterizar e avaliar a incapacidade lombar dos administrativos do Grupo CESPU e analisar os fatores de risco individuais, psicossociais e físicos.
Metodologia:
Foi realizado um estudo observacional, analítico transversal com uma amostra de 22 administrativos, onde foi aplicado um questionário de caracterização e o Índice de Oswestry sobre a Incapacidade lombar (versão 2.0) via email institucional. Foi realizada estatística descritiva e inferencial, com nível de significância 0,05, através do IBM SPSS Statistics versão 25.0.
Resultados:
A amostra é constituída maioritariamente por indivíduos do género feminino (n=20), com uma mediana de 45 anos. No score do índice de incapacidade lombar a amostra em estudo apresenta uma incapacidade moderada. A associação entre a incapacidade gerada pela dor lombar com os dados Sociodemográficos, Estado de Saúde e Bem Estar, Informações Profissionais e Condições de trabalho, não apresentam resultados estatisticamente significativos, exceto nos hábitos tabágicos (p=0,040), desconforto durante o trabalho (p=0,024) e faltas devido a desconforto (p=0,024).
Conclusão:
No presente estudo concluiu-se que os administrativos do GRUPO CESPU, apresentam uma incapacidade moderada a nível da lombar. Apenas se verificou associação com os hábitos tabágicos, desconforto durante a atividade laboral e absentismo com a incapacidade lombar.
