#26 - Eficácia do ultrassom na fisioterapia: Revisão sistemática da literatura

28 October 2021 Fisioterapia - Temas gerais
Barbara Alves·Manuel Paquete·Sónia Gonçalves-Lopes

Introdução e Objetivos:

O ultrassom (US), devido aos seus efeitos térmicos e não termicos, é uma das modalidades de eletroterapia mais utilizada pelos fisioterapeutas no tratamento da dor. Contudo, a sua eficácia ainda permanece controversa na literatura. O objetivo desta revisão é perceber qual a eficácia do US durante a intervenção da fisioterapia nas várias condições de saúde e incapacidades.


Materiais e Métodos:

Foram utilizadas as orientações PRISMA, com formulação de uma pergunta PICO, "Os ultrassons (I) são um recurso eficaz (O) durante a intervenção da fisioterapia em pessoas com diferentes condições de saúde (P)?". Nas bases de dados PEDro, Web of Science e PubMed, foram pesquisados os resultados dos estudos experimentais randomizados que analisaram os efeitos do US como recurso na fisioterapia. Foram incluídos estudos em língua portuguesa, inglesa e espanhola, publicados de 2009 a novembro de 2019 e com qualidade superior a 6/10 na escala de PEDro.


Resultados:

A estratégia de pesquisa identificou um total de 24 estudos, dos quais 19 analisam a eficácia do US em estruturas relacionadas com o movimento, 4 nas funções dor e um em funções do tónus. Dos 24 estudos, 8 revelam melhorias significativas aquando da utilização do US, em conjunto com outros recursos terapêuticos, como por exemplo exercício. Em 10 estudos o US foi utilizado de forma isolada, mas com pouca eficácia. Nas funções do tonus a utilização do US não demonstrou eficácia, enquanto na dor miofascial este parece ser um recurso eficaz, quando combinado co exercício. Na lombalgia, a utilização de US quer combinado quer isoladamente não revela melhorias significativas.


Conclusões:

O US é frequentemente utilizado em condições de saúde associadas a estruturas relacionadas com o movimento e dor. Como recurso utilizado de forma isolada, não revelou diferenças significativas, quando comparado com outros recursos de eletroterapia ou outras estratégias de intervenção, mas pode ser considerado um coadjuvante durante a intervenção da fisioterapia, embora os resultados sejam controversos sobre a sua eficácia.

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