#32 - Propriedades psicométricas da versão portuguesa da Child Self-Efficacy Scale em adolescentes com dor crónica musculoesquelética

28 October 2021 Fisioterapia em condições músculo-esqueléticas & Desporto
Rosa Andias·Anabela G. Silva

Enquadramento e Objetivos:

A prevalência da dor crónica musculoesquelética em adolescentes é elevada e tem sido associada a limitações funcionais e fatores psicossociais desajustados. A autoeficácia para a dor é um importante mecanismo de resiliência individual, ativado em resposta à dor, que pode influenciar positivamente a capacidade de autogestão da dor. Os objetivos deste estudo foram traduzir a Child Self-Efficacy Scale (CSES) para o português europeu e avaliar a sua validade e fiabilidade em adolescentes com dor crónica musculoesquelética.


Métodos:

A versão original da CSES foi traduzida e previamente testada em 10 adolescentes de acordo com as orientações internacionais. A seguir, 1730 adolescentes, de 4 escolas secundárias com idades entre os 13 e 18 anos, foram convidados a preencher um questionário online com os seguintes instrumentos: versão final da CSES, Questionário Nórdico Musculoesquelético, Escala Numérica de Dor, Escala de Depressão, Ansiedade e Stress para crianças, Escala de Catastrofização da dor, Escala Tampa de Cinesiofobia e a Escala Básica de Queixas de Insónia e Qualidade do Sono. O mesmo questionário foi aplicado 4 semanas depois a uma subamostra de adolescentes (n = 63), para avaliar a fiabilidade teste-reteste e o erro de medição. A consistência interna foi obtida, e o teste de hipóteses e a análise fatorial foram usados para avaliar a validade.


Resultados:

A versão final da versão portuguesa da CSES apresentou boa consistência interna (α=0.89-0.92) e fiabilidade teste-reteste (ICC=0.83; IC95%=0.71; 0.89); o erro padrão da medida foi 2.49; a diferença mínima detetável foi 6.9. Correlações razoáveis- moderadas a boas foram obtidas entre a CSES e a catastrofização (rs de 0.45 a 0.48), depressão, ansiedade e stress (rs de 0.35 a 0.38), medo do movimento (rs de 0.38 a 0.49) e sono (rs de 0.20 a 0.29). A CSES foi capaz de distinguir entre adolescentes com e sem dor crónica e a análise fatorial sugeriu uma solução de um fator.


Conclusões:

A versão portuguesa da CSES mostrou ter consistência interna e ser fiável e válida quando usada em adolescentes com dor crónica musculoesquelética.


Palavras-chave:

Child Self-Efficacy Scale; Propriedades Psicométricas; Adolescente

 

Rosa Andias
School of Health Sciences, University of Aveiro, Campus Universitário de Santiago, 3800-193 Aveiro, Portugal
Center for Health Technology and Services Research (CINTESIS), Piso 2, Edifício nascente, Rua Dr. Plácido da Costa, s/n, 4200-450 Porto, Portugal

Anabela G. Silva
School of Health Sciences, University of Aveiro, Campus Universitário de Santiago, 3800-193 Aveiro, Portugal
Center for Health Technology and Services Research (CINTESIS.UA), University of Aveiro, Campus Universitário de Santiago, 3800-193 Aveiro, Portugal

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