#52 - Atividades diárias realizadas pelas pessoas com doença pulmonar intersticial – em busca da otimização dos resultados de fisioterapia

20 October 2021 Fisioterapia em condições cardio-respiratórias
Alda Marques·Cátia Paixão·Ana Machado·Ana Oliveira·Pedro Ferreira

Introdução e Objetivos:

A fisioterapia melhora o estado funcional e a qualidade de vida das pessoas com doença pulmonar intersticial (DPI). Contudo, estes benefícios nem sempre se transpõem para o dia-a-dia, possivelmente devido ao desconhecimento das atividades diárias que são realizadas e respetivas limitações. Este estudo descreveu as atividades de autocuidado, produtividade e lazer realizadas com maior frequência por pessoas com DPI, identificou as cinco atividades de maior dificuldade e quantificou essa dificuldade.


Materiais e Métodos:

Realizou-se um estudo transversal em pessoas com DPI estáveis clinicamente. Identificou-se as atividades de autocuidado (cuidados pessoais, mobilidade funcional e independência fora de casa), produtivas (trabalho ou voluntariado, tarefas domésticas e brincar) e de lazer (recreação tranquila, recreação ativa e socialização) realizadas com maior frequência através da Canadian Occupational Performance Measure. Identificou-se as 5 atividades que as pessoas apresentavam maior dificuldade e quantificou-se essa dificuldade numa escala numérica (0–10).


Resultados:

Participaram 41 pessoas com DPI (65±13 anos; 24[59%] mulheres; FEV1pp= 86±21; FVCpp=86±19; DLCOpp=51±18). As atividades mais frequentemente realizadas foram AUTOCUIDADO: tomar banho e vestir (n=41;100%), higiene pessoal (n=40;97,5%), subir escadas (n=37;90,2%), entrar e sair da banheira (n=31;75,6%) ou do carro (n=26;63,4%), ir às compras (n=37;90,2%), gerir as finanças (n=33;80,5%) e conduzir um carro (n=30;73,2%); PRODUTIVAS: cozinhar (n=24;58,5%), aspirar (n=23;56,1%) e lavar a louça (n=19;46,3%); e LAZER: ver televisão (n=39;95,1%), caminhar (n=30;73,2%), fazer telefonemas (n=40;97,5%), visitar familiares (n=40;97,5%) e conversar com amigos (n=20;48,8%). As atividades de maior dificuldade reportadas foram caminhar (n=32;78% 6,1±1,9/10), subir escadas (n=28;68,3% 6,5±1,6/10), aspirar (n=16;39% 7,4±1/10), tomar banho (n=11;26,8% 6±2,1/10) e preparar refeições (n=8;19,5% 5,8±2,9/10). 


Conclusões:

As atividades diárias realizadas com maior frequência e dificuldade pelas pessoas com DPI foram estabelecidas e poderão informar intervenções de fisioterapia centradas na pessoa.


Palavras-chave:

Fisioterapia; Doença pulmonar intersticial; Atividades da vida diária; Estado funcional

 

Alda Marques
Lab3R – Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória, Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (Lab3R-ESSUA), Aveiro
Instituto de Biomedicina (iBiMED), Universidade de Aveiro, Aveiro

Cátia Paixão
Lab3R – Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória, Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (Lab3R-ESSUA), Aveiro
Instituto de Biomedicina (iBiMED), Departamento de ciências Médicas, Universidade de Aveiro, Aveiro

Ana Machado
Lab3R – Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória, Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (Lab3R-ESSUA), Aveiro
Instituto de Biomedicina (iBiMED), Departamento de Ciências Médicas, Universidade de Aveiro, Aveiro

Ana Oliveira
School of Rehabilitation Science, McMaster University, Hamilton (Canadá); West Park Healthcare Centre, Toronto (Canadá)
Lab3R – Laboratório de Investigação e Reabilitação Respiratória, Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (Lab3R-ESSUA), Aveiro

Pedro Ferreira
Consulta de Patologia Intersticial – Serviço de Pneumologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)

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